quinta-feira, 21 de julho de 2011

Que fazes a meus olhos, tolo Amor!

 Soneto 137 - William Shakespeare.

Lovers poemas.com
Que fazes a meus olhos, tolo Amor,
Que eles olham sem ver o que estão vendo?
Sabem o que é beleza, aonde for,
Mas que o melhor é mal ficam dizendo.
Se os olhos corrompidos pelo afeto
Prendem-se ao baio por todos montado,
Por que fizeste ganchos com mentiras
Aos quais meu pensamento fica atado?
Por que meu coração julga ser seu
O terreno que sabe ser de mil
Ou contesta o que viu o olho meu
Tentando tornar belo o rosto vil?
No certo olhar e coração erraram
E pro que é falso os dois se transportaram.